segunda-feira, 24 de abril de 2023

Confidências Inocentes

Caminhava perdido por qualquer estrada...

Era ano próximo ao tempo que se passa diluído em tantas experiências amargas, hoje sentindo de fase em fase que amargo não vem ser-me tão amargo assim, sendo pois, o amargo pra outro é o doce à mim.

Percorria em erros, fatigos e trágicos, assuntos infindáveis e desgastantes até ao fundo d'alma.

Diziam existir um tal perdão, um tal cristão que falou a muitos, mas que lhe havia tanto pecado passado que o crucificavam. Ninguém o dava importância, nada que dizia era de valia, talvez palavras desconexas que reunira para discurso a si mesmo.

Via como lhe era bom soltar as vozes as quatro cantos e a tantos descontentes acontentando-se que lhe trazia o melhor acontenta mento.

Falava como pastor que arrebanha suas ovelhas lhes oferecendo conforto abrigo, direção fora do perigo e alimento que um dia se tornará ao próprio pastor.

Mas isso, há quem olhe com mal olhos...

O pastor se alimenta do amor que plantara ao coração daquela ovelhas e que agora crescidas podem discernir as pedras das águas da sabedoria.

      Porem, a caminhada continua, parecia não permitir receber o perdão, dito por tal amigo. Via-se de um pouco em pouco em cada canto, esperando que soubessem e avisando não ser santo, pois todos diziam:

_Aqui ninguém o é!

_Sinta-se bem e se um erro for acometido, descanse a cabeça, pois aqui há o perdão!

Pois então. Sinto-me bem...

Onde vocês forem vou também!

Sem desfeitas, sem intrigas, muitos abraços e sorrisos. Todos felizes, ao menos parcialmente, todos viviras com muita euforia, sem palavras distorcidas, e assim, o tempo corria. 

No acaso do estendimento, sem palavras para definir tal situação...

Um momento!

De longe avistava a fulgara de um amigo, Merenita, bom rapaz, companheiro para quase todos os momentos.

Chegando com toda calma que lhe havia, se aproximou e disse:

_Tu vistes aquela rapariga o que fez-me?

Não! Respondi-lhe as pressas, sem fazer questão;.

_ Poxa Dracir, to aqui te falando, falando e tu fazendo pouco caso de minha desgraça...

Oras, que isso rapaz, estou a lhe ouvir os problemas de coração aberto, mas não posso deixar os meus... Quem por mim os ouvirá, se eu não os gosto de falar?

_Entendo...

_Meu excesso de desespero é que faz-me pensar ser o único a ter problemas.

Não te preocupes com o que lhe fizeram, se lhe fizeram não foi ao acaso. Compreenda o erro de sua amada, aprenda com o erro dela e se ela for realmente aquela que o acompanhara, ao teu lado não tardaras. Não sendo, tão logo a ti outras pessoas surgiram para lhe ensinar um pouco mais de compaixão, paixão, amor e dor.

_É... Sendo assim, entendo que a calma é o melhor caminho.

E o é, Merenita!

Ainda assim, tenho-o de preveni-lo, nem sempre o melhor caminho é aquele que tu pensas e escolhe...

Escolhas erradas como as minhas que fizeram tornar-me no que tu agoras vê, viste como é dificil uma simples escolha errada?

_Sinto muito por sua dor querido amigo e por essa tua larga experiência que venho solicitar conselhos...

_E de já o agradeço e me despeço para não lhe incomodar mais do que já fiz.

Que isso amigo, não há encomodo algum em servir ajuda à quem solicita. Fico grato por honrar-me mesmo pela desgraçada experiência ingrata.

Abraços e longa vida a ti!

_Abraços, igualmente desejo e agradeço novamente. 

    

Fiz-me seguir a força na forte passada para não desanimar de vez. E encarando minha jornada passei a conhecer novos e rever velhos amigos e menos amigos, já o digo assim, e explico. Não tenho inimigos, não por mim, mas não deixo de saber que os tenho por outros que criastes desavenças por meus costumes, pensamentos e modos de vida. Até permito-me passar a lhes contar um pouco de meu passado que ao acaso acabara de se tornar largo em mais um ano que se passa de minha vida.

Começo pois, desde, a infância onde tenho muito a lhes contar por acreditar tendo em vista eu, que nenhuma crinça, acima de seus 3 ou 4 anos, é santa ou anjo de Deus como os senhores dizem a tempos, é justo que não respondam por seus erros durante uma parte da vida, já que ainda não tenha conhecimento suficiente para discernir o certo do errado. Lembro-me com clareza que apesar de muito pequenino e absorvendo conhecimento de tudo que  ouvia, sentia e tocava, toquei-me, senti e fiz me ouvir por dentro uma força que retinha pudor e liberava imoralidade. Sentava-me bem sorrateiro ao baixo d'agua do chuveiro que caia numa silhueta de gotas agradavel em toque de meu corpo, proporcionando os primeiros desejos sexuais. D'um gozo inespremivel e um sorriso sem vergonha tornara-me vicío todos os dias a mesma pratica e que não tardou em me dispertar o desejo por toques e orificios d'algumas outras crianças vizinhas. Que maldito ser já me tornara, dentro daquele mundinho obscuro, no escuro enganava até as mães, aos quatro cantos e barrancos da vila comia-lhes as filhas e gargalhava. Sentia-me muito bem, invencivel, implacavel e por vezes arrependido por ainda não ter outras tentando. 

Ah como aquilo era bom! 

Inocência, que nada!

Já começara saber que toda safadeza era dito pecado, mas e quem disse que o pecado não havia de ser bom? Eu então, sem limites e limitado pelas vistas de pais e outros que não haveriam de se contentar com as minhas proesas, passei buscar cada vez mais destreza para todos feitos. Quando me dei por satisfeito já era maior e outros pecados passei a provar, mesmo antes me negando tantos feitos e cuspindo para cima, como tu fazes, cairá sobre mim aqueles que tanto abominava e logo me vi sentado ao lado da casa do tio que me sedera o primeiro cigarro, qual apreciei inocentemente com imenso prazer e satisfação por meu organismo em fase de aprendizado nesse ciclo.

  Sintia em meu ser uma quebra de regras, de padrões, impostos por uma sociedade qual participo sem memórias anteriores de experiências simuladas por minha consciência fictícia e infantil.

                                                                                                                         09-11-2011

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Liberdade de expressão, desde que se mantenha respeito mútuo geral à todos.
Por favor, respeito, paz, cura e amor mútuo