FACE OCULTA

Certamente...

Tenho convicção de que isso não é poesia,

Mas sinto que ainda é uma boa forma de escape.

Eu me escondia por trás dessas letras, que se agarram sorrateiramente a esta página.

Sentia vergonha delas e por isso me ocultava, mas por que deveria me envergonhar quando, na verdade, deveria me orgulhar de construir essa fábula?

Não consigo explicar, mas sei que a partir de agora não me envergonharei mais.

Sim, posso me orgulhar e quem sabe um dia alcançar meu sonho.

Publicar um livro, talvez um dia ser lido por inúmeras pessoas, que tentarão decifrar minhas metáforas.

EXCLUÍDO

 Para a direita ou esquerda, pra que lado deveras ir?

Não sabes aonde vai, nem sabes onde deves persistir, 

Se deves ir para esquerda ou direita.

Você conseguiu confundi-lo,

Com tão poucas palavras ditas para fora...

Boca a’ dentro e fora, que não poderia mais silenciar,

Onde Jheny, faz suas metáforas escondidas do amante.

Proclamando suas palavras de amor, escondidas de quem à ama,

Tudo pra não magoar a um, nem a outro, pois assim sua vida há de se presumir em tão bela bondade que já dos números trazem historia mitológicas continuas. 

Grandes obras, mesmo que abstratas, assim que ao narrar de fatos, somente os atuantes poderão conceber. 

Diz o poeta com palavras confusas, por vezes palavras escritas erradas, porem reservas de erros para acertos, melhores futuros existir.

Não sabe o que falam, não sabem o que dizem, portas abertas eles querem amar, eles querem libertar...

Conviver em paz, do modo que convêm as garotas e rapazes, mas sem anarquia, gerentes de perpetuação da paz prometida. 

Não sabes se agora, tão pouco dizem hora, buscando isolados aqueles muitos cientistas, criando expectativas melhores na saúde das vidas.

Defendemos tantos pontos de vista, o eu do mesmo diz que não se importaria, mas ele não vem à frente perdido dali, reestruturas antes por seu povo que há de vir. Trarás toda paz que todos buscam por mais que não digas.

Não vai saber este, se falou por linhas tortas.

Muitos confessaram a verdade, que não lhes importa, entregando então em linhas tortuosas o que até antigos povos deixaram aqui, e que compreendidos erroneamente, por um povo subseqüente, provocara coletivamente guerras aos quatro confins.

Não se sabe onde ele está, está ouvindo vocês o chamarem, mas ele esta conversando com alguém distante a mim, pedindo que esperem se puderem o ouvir, e dirás palavras daqui...

Palavras das nuvens claras que o lembra doce,

Palavras da lua que lembra o brilho,

Palavras do sol amarelo que aquece dando vida,

Palavras que os poetas líricos, Amantes sem fins, do paraíso que os espera.

Por palavras que os condenam,

Por palavras que não são avaliadas, e muito avaliadas, que no próprio momento não se poderão fazer existir.

Se estiver aqui algum leigo, tipo, sem conhecimento das letras. Saberás compreender o que dizemos, mas vocês estarão certos de seus cultos, apenas atestando loucura, do sujeito carne e ossos, dizendo absurdos.

LUZ

Nos braços brancos surgirá para o mundo

Uma luz poderosa

Com a força que arrancara

Seres das escuras

Livrando das angustias e ansiedades,

Eliminando o vazio que sufoca os ventres.

Segura-te na luz, derrota em ti as trevas

E a perseguição da alma acabará.

Os limites são traçados

Para cada qual superar,

Desvalidando as dificuldades

E atingindo o nível que se deve alcançar.

PRA PORTA QUE ABRIU

Todos gostam de falar coisas bonitas,

Que têm a intenção de agradar a quem gosta dessas coisas.

E se vangloriam por um Deus que não conhecem,

Que nunca viram e nunca verão!

Ai daquele que, em nome desse mesmo Deus,

Diz tê-lo visto de verdade!

Que seja amaldiçoado por toda a sua vida aqui e onde for,

E que enfie esse Deus no meio de seu nariz!

Se achas tão bom,

Onipresente e Onipotente,

Que agora pouco tão bom,

Ali atrás tão ruim.

Quem é esse Deus por quem tu morres?

Aceitará a entrada de qualquer um no Paraíso?

Que piada com nossas vidas!!!

Querem inventar um Paraíso para você depois da morte...

Só me resta rir dessa palhaçada

E ficar de boca fechada por ser chamado de criança.

Não me importo com esse Deus da puta que pariu!

Com todos que você quiser...

Se esse que agora chama demônio lhe incomoda,

Mate-o!

Ah, esqueci que seu Deus não lhe permite,

Mas lhe permite causar guerras e mortes com os abandonados do rio!

Esse grande Senhor dos Senhores, Rei dos Reis...

Por que não vai para a puta que o pariu?!

Não tenho Deus,

Não tenho Diabo...

Que engraçado, os dois com D!

Quer saber D de "Dois" safados!!!

Dois!

Quem dirá que esses denominados não se tratam de um só?!

Ser tão semelhante a ele diz ser nós...

Já duvido de quem diz isso com peito cheio de razão.

Só quem acredita em Deus vai para o céu...

Foda

PALAVRAS SORTIDAS

 Ontem acerto veio

Hoje erro interveio,

O que nós dois sabíamos

Fugimos depois.

Você escondendo seu rosto
Enquanto eu tomava a frente
Falando sem parar
Somente para aliviar.

Fazendo novela,
Com roteiros em mãos,
Descrevendo cenas da sua vida,
Assim como da minha.

Cenas e cenas parecidas
Com as de tantos atores
Da vida real que não se interpreta,
Mas se interpreta e vive.

Hoje estou sem calma,
As palavras querem vir,
Sortidas como as balinhas
Aquelas que ganhava do avô
Quando ainda era criança.

Estou em lágrimas, pouco sorria,
Agora não sei mais o que quero da vida,
Sabendo o que quero, não posso desistir

Não ainda!