quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lua

Linda lua, surgistes 
                misteriosamente. 
Traços de um belo sorriso, 
          Mistura de um jeito, só seu. 

Todas mãos estão em contato, 

Indo em sentido esperado, 
         sem conhecer,
Caíste em posse ao já prometido. 

Consagrado 

             é a existência unida 
      Dos belos frutos que terás... 
Sempre ao lado 
              louco que se foi... 

Tratando ao diante, casa forte,

Brasão da marca que confirma
Existência e outras palavras 
Que surgem do nada para dizer... 


Todos os dias se esperavam passar, 

      Até que linda lua chegasse
Trazendo n'alma doce, 
O sinal do viver descobertas, 
     Que jamais poderiam ser.

Confiança e entrega, 

          Mãos e mãos, 
Cada parte de uma vez. 

Não se pode corromper.


Linda lua, 

      Somente ela podes saber...

Ideal felicidade? Felicidade ideal?


Mata cabeça de qualquer ser 

Que concebe razão, 
     Sentidos estremecidos
Em saber o que quer, 
E ver ao olhar florescer.

Digna é criação da lua, 

Desperta atenção das estrelas,
Dispõem-se à sua volta 
Iluminando caminho... 



Concebe novo sinal que foi dada cara.
Observa letras de um argumento,
Criado de "William inultrapassável".
Não é assim que vida acaba.




                                                          16, Setembro, 2011, pt, sp, 5:22am.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Também Quero

Também quero escrever assim,
Quero falar de amor simples, 
Simplesmente falar do que faz feliz.

Esquecer a escuridão de minha vida,
Sentida de tanto negrume a flor da pele.

Quero sentir a relva, os perfumes das flores,
não só sentir odores e mostrar o que vem do enxofre.

Quero todos os dias o brilho da alegria 
brilhando em meus olhos a nossa dança,
lembrar de um tempo não distante, 
onde o sol me aquecia e não era desconfortante.

Quero ser o amante
O poeta 

Quero ser o reclamante
Derramar e reclamar 
A sua distância 

Quero ser 
Recitante e excitante

                                                            Quero ser instigante
                                             
                                                        Sem atraso 
              Quero nosso caso 

                         nossos livros 
                          
Quero...

                                                     Nossas metáforas de volta 

Estou Chegando

No meio da multidão levantei e gritei meus amores, 
depois escondi meu rosto com medo, 
não dos amores, 
mas das ofensas daqueles que não entendem 
que tantos amores eu grito, 
e gritando vários, 
gritei só...

Gritei só um e me vi sozinho 
no meio daquela multidão 
que não me interessava.
Que me olhavam por entre frestas, 
por trás de muros ou simplesmente 
olhavam descaradamente 
sem que eu pudesse me dar conta. 

Mas na verdade, 
nada eu poderia, 
nada eu sabia 
completamente e 
sofridamente calava-me.

Estava na cara, era tudo uma amarra 
num emaranhado de lixo que eu produzia 
para aqueles que sabiam se aproveitar de historias...

E que historias!

Diversas vezes me deparei com a Gloria 
e ela sorria para mim, vestida de purpura, e logo se escondia.
Eu também me escondia dela, 
havia o medo impregnado nos meus sonhos 
e os desejos limitados iam-se camuflando.

Desesperado novamente me vi gritando 
e como se fosse a lua, sempre mais linda ao meio de tantas estrelas, 
te vi me esperando com paciência e o mesmo desejo ardente que sinto por nosso encontro.

Aguarde, passo a passo vai encurtando nossa distância...

Estou chegando.

Escrevendo e Enganando

Já és difícil esconder meus desejos ávidos por seus sentidos,
e minhas palavras escorrem na busca de sentir tua pele, 
teu gosto e tuas cores...

Gostaria de chama-la por flores, 
mas é difícil, dolores.
As dores se intensificam distante de ti.

E assim, não semeio mais um belo jardim, 
nem mesmo algum néctar tenho 
para servir as abelhas que sobrevoam, 
mas não pousam com a falta do mel e colorido. 

Você sentada ai, 
eu aqui, e as palavras que aqui te escrevo, 
nesse momento, velando algum sono, 
deixo sentir de meu coração, 
aquele coração que ainda engano.

E vou construindo moradas sem cantos, 
sem musicas de nosso encanto, 
quem sabe um blues jazz 
ou aquele peso saboroso do Pantera 
pra relembrar de nós, 
no seu carro,
naquele passeio... 

Mas o canto se acabou, 
e só restaram as letras sórdidas 
das mentiras que teço para fingir 
que já me esquecera daquela paixão.

As poesias sem sentido
escritas para confundir sua visão, 
mas seu coração, quem sabe, não. 

Não sou poeta, 
sou o burro que perdeu seu coração.

Dentro de Mim

E nessas horas dos meus confins...

Me escondo dentro,
bem ao fundo, 
longe de tudo,
querendo ser o mais próximo possível.

Somente de mim...

Para sondar-me nessa escuridão 
que aloja minha alma desgarrada de sorte 
e a unica sorte que sinto 
é que se aproxima o fim...

Adoro o sabor noturno,
onde até meus dias são escuros.
Esse céu negro de alguma forma me traz orgulho.

Aqui nesse vazio negro sem fim,
esperando por si, sinto-me despir das trevas,
aliviando demônios do peso do meu fardo.
Que são somente meu 
e em meio a escuridão 
os carrego sem que você possa ver.

Ao fundo, bem fundo e longe de tudo
Escondo-me dentro de mim, no escuro, 
para sentir mais perto o fim.

Sou


Sou egoista,
Sou orgulhoso
Sou contraditorio

Sou verbo
Sou substantivo
Sou Deus

Sou criatura
Sou criador

Sou ovelha perdida
Sou o que me distância
De mim mesmo em agonia

Sou um qualquer
Sou aquele das esquinas
E não há fantasia 
Que mude essa minha utopia

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ama-me, abuse e lambuze-se de mim...

De meus punhos febris, pela paixão que me ardia,
hoje restara somente agônicas lembranças de nossa melodia.
Sem me esquecer que um dia esteve aos meus braços com tanta empolgação,
faço das melhores lembranças traços de fogo nessas paginas horrendas.

Não quero tirar seu laço dos braços
que abraçaras como escravidão
e fazer de seus dias
loucas aventuras excitantes,
Mas quem sabe por um instante,
um minuto em meus sonhos,
possa te encontrar da maneira que me faltara.

Amar teu corpo branco com meus lábios
percorrendo cada centímetro,
canto a canto,
e eu canto como pássaro
fênix renascendo das cinzas, 
despertando teu interesse por meus encantos...

Sinto você se molhando e molhado meus lábios vão
em vão ficando sedento por teus sabores
e você em gemidos ofegantes
vem serrando meu corpo
com tuas mãos suaves, macias...

Desabo, entrego-me
e cheio de prazer
lhe retribuo com meu gozo de amante.

Ama-me, abuse e lambuze-se de mim...