quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Trama, Drama e Alguns Sujeitos

Ficar em silêncio...

Tenho medo de estar morrendo,
Quem sabe já não estou vivendo...

A vida parece mais o mar apressando-me
A pular na pista das arvores coloridas,
O lirismo de poucos realistas realiza...

Quem vê nas feridas os infindos
Gritos nos ouvidos que compartilhados
Se fez os prantos por não entender
Tamanho encanto toda nossa trama.

A vida carrega toda terra abrindo-se
Em fendas escaldante a água quente
Pulando os mármores lançados a distâncias
Pequenas estancias em se consumir.

Pouco tempo tudo há de se extinguir,
Até tentarás prevenir,
Mas o mal vos sondas com todo entusiasmo

Por sua vida toda deverás sentir-se perseguida?

Por suas próprias contradições, que não a-firmão,
Não designa nenhuma astrologia na geografia,
Tão pequena é a verdade que poucos ficariam.

Escaldante água viva da vida que por enquanto tens,
Não sabes do menos tardio do que pensas lhe afrentar,
Não cogitamos hipóteses... 
Mostramos apoteoses. 

Aviso Confuso

Tão logo descobre-se que os canais são existentes,
existentes e preenchidos por desejos que se agrupam
em uma determinada linha determinando aos poucos
que você pode esquecer o que estava pensando
e escrever aqui...

Que quando falas
soa repugnância, 
estérica-mente falando
para vários gritantes,
você matando Deus
nas mentes que não entendes
o que poderia vir
ele a dizer para você digerir.

Não se pode acreditar que cada instante
é limitado por uma vida,
considerada banal,
por ver destruição
e falso amor pregado
sem pudor por bocas
como essa que não se cala.

Cara de alho
foi quem disse
que o mundo está doente,
todo o mundo que olha
em meio a tanta desgraça
diz para rir,
e se vai rir,
esquece em dois minutos
que não passaram...

Então irá dizer sempre a mesma
argumentação sem coerência 
e insana que a ninguém angana!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Partir

Apenas sem dispostos para comunicar
Qual quer palavra foi solta ao pé da letra renunciar
Apenas sem dispostos a ser sociável
Falando comigo mesmo já's sou sociável

Não posso derribar a vida sem propósito
O que quer ela de mim, o que queria eu dela?
Não vou medir esforços, mas confesso sou...
O que posso ser, querendo vem querer eu ser quem,
Nessa nossa vida de ninguém?

Não seria talvez mais fácil entregar se a morte?

Não poderia eu deixar de ficar, jogar uma chance de ser um...
Hidrante com certeza é o grande salvador,
Logo posto momento continuara sendo,
Sem saber, todos sabem, lá se passa,
Grande coisa, isso tudo é o inferno?

Que grande jogada da vida atreveu-me
Saber que vive em desconforto com seu próprio viver,
Será que esses momentos não são somente
Momentos, parecem eternos quando visto do alto.

Vivemos na perca, na tristeza, na violência, na miséria...
Quer alguém dar continuidade por mim?

Não há serafins que homem de verdade confesse a ver,
Não digo para enfrentar, mas a mim mostra-me também a luz
Pois então, confessarei ao rei quer for, por minhas blasfêmias.

Quero também sentir esse amor que penetram lhe a carne
Desfazem-te em vinho e dão as tuas mulheres coisas.
Hora, quem serão as noivas desse meu fim?

Sem sorriso, sem horas,
Por entre lama e poeira
Meu fim seria alivio,
Mas não me entrego
Se não for a ti.
Bela flor,
Flor do Iris,
Dentre mil braços
E abraços,
Desfaço-me
Sendo apenas da terra
Poeira e lama.

Não! Espere um instante, Não quero meu fim.

Tal logo quem espera por mim,
Ninguém,
Não quero.
Preciso ficar sozinho!

Quem sabe alguma gravata
o conduziria a uma vida pacata,
cheia de graça, ouro e praga.

Encarando o sistema, sem poema, sem dó...
Mas como, se sou só o pó e a lama que a tanta a terra ama.

Vejo pais nas igrejas e suas crianças fazendo besteiras,
Seus filhos sem regras, jogados por ai a fora,
Por portas que não se abrem, se fecham, na cara de todos que estão se perdendo.
Não entendo! Cadê esse amor que tantos andam por ai a dizer?

Não se preocupe se quiser parar de perder tempo, essa é a hora.

Muitos dizem a respeito meu, ao seu também, mas nos convêm
Ficar em silêncio, não queremos que saibam, não é?

Quando acenei pela primeira vez, o barco já estava de partida.
Havia belas donzelas, se com ironia digo, poderia fazer disso qualquer terapia.
Não estava acostumado com a falta de historias por falar.

Desgraça do Inferno

Pragueja contra tudo


O nome mais lindo


Em pronuncia é o


Inferno!






Desgraça do inferno






Tão logo seus olhos


Já estão em fogo


Neles o desejo feroz


De poder atirar fogo






Queima desgraça!


Esse inferno que não para!






Ah, mais que graça


Como se isso para


Como se daqui a pouco


Não houvesse mais nada






Jaula para humanos


Essa é a gaiola


A cela de toda noite


Repetindo a cena






Desgraça do inferno!

Sabbath

Sabado...
Sabado...


Eu sabia o quanto era negro.
Eu sabia o quanto era traiçoeiro.


Ele nunca foi meu grande amigo.
Ele sempre soube roubar-me.


Porem, para mim se torna insignificante.
Porem, para mim se torna importante.


Em guarda segue defendendo.
Em guarda segue atacando.


Já não é mais esse o nome.
Não estou jogando.

Não é Proibido

Já não sabes se da vida faz letras
Ou se das letras faz sua vida
Quem sabe você diria:
"Não se vive a poesia."


Pois, vive-se a poesia viva
Um trecho de cada verso
Os momentos mais cabíveis
A historia que os convêm


No romance nada é proibido 
Suas palavras por vezes agressivas
Demonstram a alguém seu pulso firme
Atraindo sem malicia


Olhares agora maliciosos 
Basta-se gestos 
Para erotizar 
Em pensamentos


Ligados alguns 
A sintonia 
Combina


Nem sempre fácil
Depende da química
Existe alguém que te domina


Dominou em pouco tempo
O coração 
Pobre coração 
Tantas foram 


Tantas não vieram
Que não foram
Mas quase...




Quem sabe você diria:
"Não se vive a poesia."












  

Idealizações ou Amor

Não!
Nem poderia ser,
Ser ou não ser, eis a questão?


Não!
Ser?
Por acaso, teço linhas de felicidade?


Não!
Não ser?
Estou todo nelas ou todas estão em mim?


Cada passagem uma ferida,
cicatrizes na cara minha agonia,
disfarçando entre montes de sonhos
uma alma perdida.