quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Leve-me

Não penso, padeço pedaço...
Em pedaços sou por mim
Mutilado com furor.
Cada parte apartada,
Muita dor.

Não posso ser escravo
De meu lado criado,
De lado a lado,
Paredes e obstáculos.
Todos presos, 
Por um sistema excomungado.

Manipulados por nossos defeitos,
Em serie, uma codificação
Que supera a poucos...
Talvez, muitos, isso é pouco!

Desejar possuir vasto conhecimento,
Criações vão se erguendo,
Em união, daquilo que... Nunca houve?

Todos procuram, todos escolhem,
Todos decidem e nada é igual.
A desigualdade é guardada
Da boca pra fora se fala,
Fala muito e não diz nada...



Não procures deixar-se intimidar, ao intimo
Que lhes aventura, em eloqüência turva.
Tente me conduzir em seus braços,
Estarei de corpo e alma,
Entregando-me a ti.

Leve-me daqui meu amor
Leve-me daqui meu amor

Precisamos fugir,
Para longe de mim!
Venha, não soltes minhas mãos.
Sei que são muitas forças por aqui,
Mas você não pode desistir.

Leve-me daqui meu amor
Leve-me daqui meu amor   







sábado, 10 de dezembro de 2011

Afinal, Você é Minha Vida!

Sou um cara complicado,
Vivo estranhamente emaranhado.
Minhas personalidades inúmeras
Escondem o palhaço das loucas perdições.


Não venha pensar tão mal de mim,
Pois nem sei de onde vim.
A bela adormecida despertara
Quase na hora da partida.


Aonde foi que deixou
O coração do amor,
Que tão suave esperou
E agora tem medo do amor?


Amor, amor, amor...
Por favor,
Entenda-me,
Não sei entender.


Talvez por isso amo,
Amo a ela.
Tão bela que brilha
Nas noites sagradas,
Chega arrepia as almas.


Tão carentes sem inocentes,
Corre perigo iminente,
Sabem até o que sentem,
Mas antes de tudo concordo
E figuro em cena.


Vamos criar um novo cinema,
Cinema das cores que nos abstemos.
Sem que se acalme o peito,
Não acordaremos.


Corpos padecem ao chão,
Esquerda partidária
Que contraria,
A negação és tão linda!


Afinal você é minha vida!



"Minha vida era um palco iluminado,
E eu vivia vestido de doirado,
Palhaço das infinitas ilusões...


Com minha gafe, que desde já lhes peço perdão, mas foi-me conveniente expor tal figuração.
Trecho de Silvio Caldas

sábado, 3 de dezembro de 2011

Fim

O vento tão de repente
soprou febrilmente
Sobre as chamas
Fortes

Que tão fortes
Apertaram as chamas
Entre mãos
Apertadas

Sopro da vida
Reacendendo
Chama com veneno

Poção para todas
Feridas sumirem
Estão fazendo

Quem manipula
Não se sabe
Não pretende
Até se desentende

As pernas todas
Tornam-se dormentes
Quando não
Tremem

Os sentidos estranhamente
Confundidos
Beira ao abismo
Sera então o inicio do fim...
 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Paixão e Amor Dão as Mãos

Paixão e amor são dois sentimentos lindos
Que há tempos busco por uni-los.
Unir o prazer momentâneo a capacidade, em veracidade,
De todo dia em amor e desejo possuir seus beijos.

Paixão e amor enredando a beleza das cores,
Deslumbrante vê-las flutuando
Num ensaio berrante, reinando
Sem tristeza e sem dor.

A loucura de unir paixão e amor
É saber que como a chuva, sempre volta ligeira,
Molha e seca, faz grão brotar na terra...

A semente da mistura, que principiou da aventura,
Um amor de fidelidade, Paixão que arde.
Um Amor de verdade, Paixão outra metade.

Completa união,
União que completa,
Dois universos

Uma união
Mais do que bela
Paixão amando ela.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ilusões ou Sonhos

Em estado de choque
Aquele rapaz 
Adentra uma sala
Bem arrumada

Nada dizem 
Talvez ele não possa ouvir
Quem sabe começam 
Discutir problemas resolvidos

Mal resolvidos 
Não se resolve 
Foge com um grito
Permaneça vivo

Alguém quer sorriso 
Mas como 
Se a tristeza está a mesa
E todos se comovem 

A beleza do encanto 
Antagônico
Que não encanta
Somente devasta 

Ah veja só quanta 
Pluma os arrasta
Nada é fraca
A não ser se mata

Ascende uma luz
Tenta não ser inata 
Revolta que não passa
Juras invalidas
   

Sem Reticencias, Entreguei-me!

Sem Reticencias, Entreguei-me!


Para ser encharcado em sua saliva, gotas da essência que invade-me.
Para perder-me em seu colo abrigo, fazer uma morada, nosso ninho.
Para lhe dar todo prazer, que puder absorver.
Para deixar meus beijos, sempre guardados em sua boca, que boca.
Para penetrar sua pele, com todo enlevo que a tenho.
Para lhe entregar alguns segredos, os melhores, você os merece.


Quantas vezes quiser,
Seja lá pelo que for! 


Porque sou teu e tu és minha!
Porque a urgência em emergência, é reciproca!
Porque minh'alma és detida a sua, mesmo que a distância seja absurda.
Porque devemos nos entregar, sem limites e justos um ao outro.
Porque ao seu lado, para sempre quero estar e nossos medos e receios juntos vamos enfrentar.


Aos seus ouvidos como um lobo uivante vou lhe excitar.
Entregar-me ao prazer sem pressa deliciar-me, 
Desde sua boca ao seus joelhos e ante-coxas em línguas molhar-te.


Porque já suspiro em pensar estar ao meio de ti e em teu corpo sedento me embriagar.
Porque, o que você disse, eu só quero duplicar e multiplicar. 
Porque minha presença em ti agora está mais que firmada!
Para o melhor de nós dois juntinhos vivenciar.

  

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vinte e Nove

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais)

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez)

Renato Russo