Nada é...
Nada foi...
Sem significância,
É para você o amor.
Insinua, culpa a todos
E todos tem a culpa,
Sem a ter, já que és
Do modo que pensas.
Não quero causar todas duvidas,
Sou causador em partes, pois,
Em partes, você já sabe o que é...
Assim tão logo eu pensava...
Não esperava dos contratos assinados
Ter que rasga-los e fazer não existir.
O sonho é meu, só eu posso me iludir.
Mas também sei quando é amar,
Sem saber completo, porque nada sei.
Até pensei que você o soubesse,
Talvez até se eu o dissesse,
Que honra eu teria?
Alçado em meu cala bolço
Sofro em dobro, por não desistir.
Luta incessante, que move-me
A viver.
Sem essa presença eu posso viver?
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
O Dr. e o Povo
As vezes me deparo
Com tanta negação
E nem me dou conta
Que vêm todas d'mim
Querendo descobrir
Como posso falar sim
Se a todo tempo o não
Está presente
A minha negação
Não faz estação
Mas derruba minha
Morada amiga
Alguns momentos de alegria
Agora quase artificial segurada
Por novela da vida corriqueira
Um salto a beira... Colapso
Nosso grito já não é o mesmo
E vemos nos servindo de veneno
Reproduzindo sem enganos o valor
De cada artimanha em manga
Engrandecendo a cada dia a sede
Da necessidade reluzente sem dor
Em flor se vê a leveza rara da paz
A conjugação da calma em alma
Aquela sobriedade adquirida
Somente nos confortáveis seios
Que a figura veio a entonar
Em valsa de seu jeito
Conduzindo todos ao som
Melódico de desespero
Convertendo letras
Em ardor
Com tanta negação
E nem me dou conta
Que vêm todas d'mim
Querendo descobrir
Como posso falar sim
Se a todo tempo o não
Está presente
A minha negação
Não faz estação
Mas derruba minha
Morada amiga
Alguns momentos de alegria
Agora quase artificial segurada
Por novela da vida corriqueira
Um salto a beira... Colapso
Nosso grito já não é o mesmo
E vemos nos servindo de veneno
Reproduzindo sem enganos o valor
De cada artimanha em manga
Engrandecendo a cada dia a sede
Da necessidade reluzente sem dor
Em flor se vê a leveza rara da paz
A conjugação da calma em alma
Aquela sobriedade adquirida
Somente nos confortáveis seios
Que a figura veio a entonar
Em valsa de seu jeito
Conduzindo todos ao som
Melódico de desespero
Convertendo letras
Em ardor
Amar Vil
Palavras de sentimentos
Mesmo que significativas
Não são validas
Trazem incertezas
Descartas na mesa
O que convêm
Sem asneiras
E as beiras
Se segura na saia
Escaldante
Toda envolvente
Estimulante
Olhos carnívoros
Sedentos de amor
Quer lhe despir
Seduzi-la com encanto
Amar sem prantos
Amar como tantos
Amar sem "santos"
Amar como amamos
Não Contextualiza
Como amamos?
Existem sem planos
Viver um amor sem
Enganos amamos
Inocente
A felicidade um
Depende duas
Sem perdões
Com mascaras
Não é um circo
Mas meu coração
Palpita cego cativado
Em emoção perante
Quadro
Na parede que marca
Saída para um voo
Insólito de sonhos
Possíveis
Nenhuma palavra
Contextualiza
Existem sem planos
Viver um amor sem
Enganos amamos
Inocente
A felicidade um
Depende duas
Sem perdões
Com mascaras
Não é um circo
Mas meu coração
Palpita cego cativado
Em emoção perante
Quadro
Na parede que marca
Saída para um voo
Insólito de sonhos
Possíveis
Nenhuma palavra
Contextualiza
Já Não Me Permito
Já não me permito
Dizer qualquer palavra
Qualquer verdade
Qualquer 'mentira"
Estou cansado de aceitar
Hipocrisia que me persegue
Não saber o que fazer
A cada novo momento
O que fazer de mim
Lutando como tanta gente
Tantos tentam não entendem
Tanto sabem sentem
A mente cria o bem
Cria o mau também
Não é diferente pra mim
Muito menos pra você
Que olha da TV o que não
Deveria aprender
Violência e insolência
Criada por nossa própria
Sociedade
Anti social eu que não me
Dou com vizinhos
Mas engano a mim mesmo
Escondendo aquele menino
Tão "puro" e "meigo"
E não confunda olhos alheio
Todos tem os seus preceitos
Princípios construídos
De seus alimentos filtrados
No tempo
E no mesmo corrompido
Tudo escarnece
Torna-se meramente
Borra
Dizer qualquer palavra
Qualquer verdade
Qualquer 'mentira"
Estou cansado de aceitar
Hipocrisia que me persegue
Não saber o que fazer
A cada novo momento
O que fazer de mim
Lutando como tanta gente
Tantos tentam não entendem
Tanto sabem sentem
A mente cria o bem
Cria o mau também
Não é diferente pra mim
Muito menos pra você
Que olha da TV o que não
Deveria aprender
Violência e insolência
Criada por nossa própria
Sociedade
Anti social eu que não me
Dou com vizinhos
Mas engano a mim mesmo
Escondendo aquele menino
Tão "puro" e "meigo"
E não confunda olhos alheio
Todos tem os seus preceitos
Princípios construídos
De seus alimentos filtrados
No tempo
E no mesmo corrompido
Tudo escarnece
Torna-se meramente
Borra
Direito Algum
Anda na mão da contra mão
Não sabe pra onde vai
Caminha inverno
Hoje tem cara de verão
Não tem horas
Não tem coração
Gelado é o inverno
D'outra estação
Cumpriu ao acaso certo
Esperava uma reação
De nada nunca valeu
Seu inverno quente
Em um coração
Amargurado na primeira
Impressão
Infestado de objeções
Sem direito a decisões
Cada ato um passo
Uma imputação
Sem perdão, salvação
Por si só condenação
Não sabe pra onde vai
Caminha inverno
Hoje tem cara de verão
Não tem horas
Não tem coração
Gelado é o inverno
D'outra estação
Cumpriu ao acaso certo
Esperava uma reação
De nada nunca valeu
Seu inverno quente
Em um coração
Amargurado na primeira
Impressão
Infestado de objeções
Sem direito a decisões
Cada ato um passo
Uma imputação
Sem perdão, salvação
Por si só condenação
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
As Flores do Mal
MADRIGAL TRISTE
I
Que me importa que saibas tanto?
Sê bela e taciturna! As dores
À face emprestam certo encanto,
Como à campina o rio em pranto;
A tempestade apraz às flores.
Eu te amo mais quando a alegria
Te foge ao rosto acabrunhado;
Quando a alma tens em agonia,
Quando o presente em ti desfia
A hedionda nuvem do passado.
Eu te amo quando em teu olhar
O pranto escorre como sangue;
Ou quando, a mão a te embalar,
A tua angústia ouço aflorar
Como um espasmo quase exangue.
Aspiro, volúpia divina,
Hino profundo e delicioso!
A dor que o teu seio lancina
E que, quando o olhar te ilumina,
Teu coração enche de gozo!
II
Sei que o peito, que palpita
À sombra de amores passados,
Qual uma forja ainda crepita,
E que a garganta enfim te habita
Algo do orgulho dos danados;
Mas enquanto, amor, no que sonhas
Do inferno a imagem não for dada
E dessas visões tão medonhas,
Em meio a gládios e peçonhas,
De pólvora e ferro animada.
Sempre de todos te escondendo,
Denunciando em tudo a desgraça
E à hora fatal estremecendo,
Não houveres sentido o horrendo
Aperto do asco que te abraça,
Não poderás, rainha e escrava,
Que apenas me amas com pavor,
Nos abismos que a noite escava,
Dizer-me, a voz trêmula e cava:
"Sou tua igual, ó meu Senhor!"
Charles Baudelaire
I
Que me importa que saibas tanto?
Sê bela e taciturna! As dores
À face emprestam certo encanto,
Como à campina o rio em pranto;
A tempestade apraz às flores.
Eu te amo mais quando a alegria
Te foge ao rosto acabrunhado;
Quando a alma tens em agonia,
Quando o presente em ti desfia
A hedionda nuvem do passado.
Eu te amo quando em teu olhar
O pranto escorre como sangue;
Ou quando, a mão a te embalar,
A tua angústia ouço aflorar
Como um espasmo quase exangue.
Aspiro, volúpia divina,
Hino profundo e delicioso!
A dor que o teu seio lancina
E que, quando o olhar te ilumina,
Teu coração enche de gozo!
II
Sei que o peito, que palpita
À sombra de amores passados,
Qual uma forja ainda crepita,
E que a garganta enfim te habita
Algo do orgulho dos danados;
Mas enquanto, amor, no que sonhas
Do inferno a imagem não for dada
E dessas visões tão medonhas,
Em meio a gládios e peçonhas,
De pólvora e ferro animada.
Sempre de todos te escondendo,
Denunciando em tudo a desgraça
E à hora fatal estremecendo,
Não houveres sentido o horrendo
Aperto do asco que te abraça,
Não poderás, rainha e escrava,
Que apenas me amas com pavor,
Nos abismos que a noite escava,
Dizer-me, a voz trêmula e cava:
"Sou tua igual, ó meu Senhor!"
Charles Baudelaire
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