Tantas bocas já beijei
Tantos gostos já senti
Tantos abraços abracei.
Enlacei o que vivi sem viver.
Em tudo isso não tive a graça
De possuir em veracidade
Aquela cara metade.
Por isso transporto-me
Em palavras envolventes
Tapando meus sentimentos,
Escondendo minha vida da vida.
Trancando-me nessa existência vazia.
Vazia de você, sem você.
Com você longe de mim.
Onde nada se compara
Nem o beijo, gosto e abraço
Unica!
Unica!
Essa é a palavra.
domingo, 21 de agosto de 2011
Grande autor
"Bem... eu sempre achei que toda
confissão não transfigurada pela
arte é indecente.
Minha vida está nos meus poemas,
meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma vírgula que
não fosse uma confissão".
"A poesia não se entrega a quem a define."
"A felicidade bestializa. Só o sofrimento humaniza as pessoas."
Mário Quintana
confissão não transfigurada pela
arte é indecente.
Minha vida está nos meus poemas,
meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma vírgula que
não fosse uma confissão".
"A poesia não se entrega a quem a define."
"A felicidade bestializa. Só o sofrimento humaniza as pessoas."
Mário Quintana
O Teatro Mágico
Amadurecência
Composição: Fernando Anitelli
Senhoras e sem dores,
Respeitável público pagão,
Bem-vindo ao Teatro Mágico.
Respeitável público pagão,
Bem-vindo ao Teatro Mágico.
Parto-me.
Parto-me.
Parto-me.
A poesia prevalece.
A poesia prevalece.
A poesia prevalece.
O primeiro senso é a fuga.
Bom, na verdade é o medo,
Daí então, a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude,
Uma alteridade disfarçada,
Inquilina de todos os nossos riscos,
A juventude plena e sem planos se esvai
O parto ocorre.
Parto-me. Parto-me. Parto-me. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias.
Flagelo-me.
Exponho cicatrizes.
E acordo os meus, com muito mais cuidado,
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia nunca não passar,
O ser vil que passou para servir,
Pra discernir, harmonizar o tom.
Movimento. Som.
Toda terra que devo doar.
Todo voto que devo parir.
Não dever ao devir,
Nunca deixar de ouvir,
Com outros olhos!
Com outros olhos!
Com outros olhos!
Bom, na verdade é o medo,
Daí então, a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude,
Uma alteridade disfarçada,
Inquilina de todos os nossos riscos,
A juventude plena e sem planos se esvai
O parto ocorre.
Parto-me. Parto-me. Parto-me. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias.
Flagelo-me.
Exponho cicatrizes.
E acordo os meus, com muito mais cuidado,
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia nunca não passar,
O ser vil que passou para servir,
Pra discernir, harmonizar o tom.
Movimento. Som.
Toda terra que devo doar.
Todo voto que devo parir.
Não dever ao devir,
Nunca deixar de ouvir,
Com outros olhos!
Com outros olhos!
Com outros olhos!
De tão bom, sinto vontade
de acrescentar todo o segundo ato.
Sem saber
Com o decorrer do tempo,
O que está em oculto se desvenda.
Pouco a pouco o que era luz
Torna-se escuridão.
Não penses que ela é ruim, pois não é.
Ela é necessária assim como a luz,
Como preto e branco, alegria e tristeza,
O bem e o mau...
Todos andam lado a lado,
O que está em oculto se desvenda.
Pouco a pouco o que era luz
Torna-se escuridão.
Não penses que ela é ruim, pois não é.
Ela é necessária assim como a luz,
Como preto e branco, alegria e tristeza,
O bem e o mau...
Todos andam lado a lado,
Fazendo parte de uma grande obra.
Arte provida de vontades própria,
Com suas regras e relógio diferente
Do que se conhece.
Em algum lugar...
Cego-me de meus anseios
Tendo horror, tendo pavor.
Tendo prazer enlutado
Em se tornar mais forte
A cada contenda em vida.
Abstinente defrontando
Medos e entenderes.
O tempo custa a passar.
Disposto a enlouquecer-me,
Mas nego a render-me.
O que de longe e perto se vê
São as marcas deixadas.
Nada se compara com
O que não se compara.
Dois em lados diferenciados.
Cada um com seus valores
Oferecendo suas mãos.
Não pode ser visto ou ouvido
Com o orgulho que lhes cobre
A cabeça com toda vaidade.
O ser em real, acredita ser
Dono de todas verdades.
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