terça-feira, 26 de julho de 2011

Difícil

Perco-me numa confusão inevitável,
Despedaço mundos paralelos em incertezas.
Afogo-me nas alegres momentaneidades
Que o tudo pode oferecer-me repleto de restrições.
Ponho-me a risco de fogo cogitando soluções vagas.
Raiva no que sente, porque sente o fato de não
Passar meramente de sonho ao acaso.
Egoísta sendo um, sendo dois, todos tem um pouco.
Devesse levar conta de que alguém à de saborear
Sofrer de horas percorridas em batalhas para final de nada.
Cingisse da verdade e viva por uma grande liberdade,
Falsa prisão agonizada em conhecimento.

Tapas...

Sinto na culpa de minhas intrigas,
Vontade de me bater.
Tapas na cara de minha ignorância
Que já não sabe o que fazer.
Traços de leviandade levados
A serio com furor.
Se derrubo goela abaixo
Algumas palavras, perdoem-me,
Pois vai além de vossa concepção
Sem desmerecimento.
Quando escuta um nada,
Tem na certeza haver qualquer coisa.
Entregue a troca de gritos diretos,
Que presos a preceitos, encontram-se.
Vontade de me bater com força,
Tapa na face de minha santa ignorância.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O ser egoísta

Vivo ao meio de minhas aberrações.
Horrorizado com minhas próprias criações,
Das quais nem me dou conta de as ter criado.
Criações que servem somente para satisfazer
Esse meu ego egoísta e incapaz de ser...
Ser...
Ser...
Porque tantas perguntas e ainda continuo a perguntar.
Não seria melhor apenas ir, vir, voltar e continuar.
Tom de interrogação, sem afirmação,
Sem negação ou pergunta real.
Palavras nem sempre são só palavras...
E a quem o diga que nada existe,
Cegueira da visão que nos fere.
Palavra pura não compreendida, 
Estendes o braço a quem é alegria.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Deixe

Céus despedaçados no escuro profundo.
Lua que não se move, sol que persegue-a, 
Ao longe com clamor. 
Estados diversos de agonia se misturam.
O desespero outrora sentido já não é mesmo.
Move-se ao chão, estacas perfuram seu meio.
Em triste pranto calado fica. 
Sente dor da mascara que agora veste
Para encarar um outro lado esquecido.
Fingir que nada se passou e que tudo 
Não passou de um maldito sonho.
Caído está sem saber como se levantar,
Punhos estremecidos clamam ao fim chegar.
Acredita que nele nada terá, 
Esvaecido fica.
Não toque, não fale nada... 
Deixe a sua dor com ele, mais nada.