quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

DESERTO

Definho neste mar de definições 
Sendo mutavelmente definido indeferido
Ferido mutilado renegado nego me definir 
Classificando eu n'um solo distorcido 

Defendo minha rapa nata cremosa 
Com rima ou sem imã atraído ou repelido
Planto semeia cultivo fruto proibido 
Nó atado desata do umbigo 

Para citar desfecho implico só farsa dizer
Mergulho profundo à fogo fumaça brado cinza
Iminente não ludibrio embriago a causa 
Pausa da mente refugio minha alma

Vorazes caçadores filmando e nós cantando
Diversas línguas conecta teia seu fim 
Apontando para este parasita 
Nada sei destino tino imprudente 

Bruscamente freio a mente 
Acelero ávido pálido 
Até secar    

    
  
  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Saciar



Fico de um lado,

Você doutro.

Na volta estamos juntos,

Lado a lado.


Limitados dentro
De minutos em contato
Procuro teus olhos
Você se irrita, mas disfarça
Se mostro meu lado bobo
Logo estamos numa boa


E lado a lado
Tão limitados

Nos curtimos

Nos curtimos...
Somos amigos


Dentro do espaço
Que por vezes
Sinto medo
Em ocupar


Por causar
Alguma pressão
As vezes fico
Sem saber

O que falar


Tenho medo
Medo de lhe querer
Mais, Muito Mais

Do que posso ter


Quanto posso ter
De você além desses
Poucos minutos?


Um minuto a mais
Quem sabe satisfaz...


Não, não me satisfaço
Com tão pouco,
Tão pouco acredito
Que você se satisfaça


Então, vamos nos saciar!

O que se vê


Sinto-me com a 
Consciência pesada 
Por pensar que prendo-lhe 
Bloqueando teu caminho 

E não sei a que ponto 
Você pode entender  
Minhas construções patéticas 

Sempre preciso 
De inspirações 
Onde tenho de me 
Permitir 

Ir longe 
Além do que poucos
Podem nos ver

Medo e desejo

Sinto medo 
De ter matado
Meus desejos

E no fim
Que enredo
Vago destino
Sem limite

Sozinho escolhes,
Pessoas ou
Vidas...

Tira no caminho
Sem embriagar
Sombria poesia

De lhe cadência
Suprindo a vida
Alimentando deslizes

Soma

Num findar de tarde  
Sinto a brisa bater suavemente inocente, 
Deliciosamente sem a pressão que me afligia 

Oh melódica vida 
Que me faz pirar... 

Jaz não me condeno mais, aproveito cada minuto subtraindo e somando o quanto for possível somar a maldade.


QUALQUER LUGAR

Caminha torto,
Parece não ter nada

Ninguém é
Capaz de mudar
E não há alternativa

Se não esperar,
Para que o andarilho...

Torne-se
O que virá ser
Sem saber chegar

Em qualquer lugar
Para aonde é que vai
Será a mesma dês graça

NÃO É POR NADA

Sinto tudo afundando
Minha vida um desastre
Meus sonhos são agora pesadelo

Me falta o que para mudar
Se já encontrei minha amada
Me falta o que se não 

Possuo a Lua prata

Tudo ainda me falta
Não tenho ela em mim colada
Vivo atormentado
Com medo de decepciona-la
Não é por nada,
Mas quero tudo!

Quero o que me falta
Quero estar completo
Quero sentir tua falta
Quero mata-la
Quero prazer
Quero agora

MASCARA DA CAÍDA



Toda envolta de mascaras

Controla, trapaça e da cara a tapa

Ajudando com inúmeras alternativas.




Protegendo e acalmando na hora da dor,

Da loucura, da santa batalha interior e exterior

Afetando não só alma, mas dedos, mãos e boca.




Tenho dito tudo entrelinhas,

Mas vou exemplificar, tão logo

A experiência acabe...




E quem saberás dizer

O desfecho de toda obra,

Se mal começara.