domingo, 21 de agosto de 2011



O Teatro Mágico

Amadurecência

Composição: Fernando Anitelli

Senhoras e sem dores,
Respeitável público pagão,
Bem-vindo ao Teatro Mágico.
Parto-me.
Parto-me.
A poesia prevalece.
A poesia prevalece.
O primeiro senso é a fuga.
Bom, na verdade é o medo,
Daí então, a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude,
Uma alteridade disfarçada,
Inquilina de todos os nossos riscos,
A juventude plena e sem planos se esvai
O parto ocorre.
Parto-me. Parto-me. Parto-me. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias.
Flagelo-me.
Exponho cicatrizes.
E acordo os meus, com muito mais cuidado,
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia nunca não passar,
O ser vil que passou para servir,
Pra discernir, harmonizar o tom.
Movimento. Som.
Toda terra que devo doar.
Todo voto que devo parir.
Não dever ao devir,
Nunca deixar de ouvir,
Com outros olhos!
Com outros olhos!
Com outros olhos!



De tão bom, sinto vontade

de acrescentar todo o segundo ato.


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